sábado, 4 de abril de 2009
O SISTEMA VESTIBULAR
O SISTEMA VESTIBULAR:
Este sistema sensorial se desenvolve apenas algumas semanas após a concepção e desempenha um papel muito importante no desenvolvimento inicial da criança. Entretanto, não é muito familiar para muitas pessoas.
As crianças não aprendem sobre ele quando aprendem sobre os sistemas sensoriais básicos e se os adultos conhecem esse sistema, podem apenas ter consciência de que tem algo a ver com equilíbrio.
Como sabemos, há partes de nossos ouvidos e olhos que absorvem sons e visões e mandam informação para nosso cérebro. As partes do sentido vestibular que absorvem informações a serem mandadas para nosso cérebro estão localizadas no ouvido interno.
Uma parte é um conjunto de canais cheios de fluido que respondem a movimento e mudança de direção.
A outra parte é uma estrutura como uma bolsa que responde a mudança de posição da cabeça e ao empuxo da gravidade. A informação sobre movimento e posição da cabeça que vem através dessas estruturas é mandada para muitas partes do cérebro. Esta é uma das principais razões pela qual nos preocupamos tanto com este sistema sensorial – tem muitas funções diferentes que são importantes para nossa habilidade de fazer tantas coisas.
Uma função importante do sistema vestibular nos permite coordenar os movimentos dos nossos olhos sem mover a cabeça. Isto ocorre em atividades tais como copiar da lousa (olhar para cima e para baixo) virar a cabeça para observar um objeto em movimento (tal como uma bola no campo de futebol) e mesmo às vezes olhar em uma página para ler. Essas funções do sistema vestibular provavelmente ajudam a explicar porque vários estudos mostraram que até metade das crianças com distúrbios de aprendizagem mostram sinais de disfunção vestibular.
O sistema vestibular também é importante para ajudar a desenvolver e manter tônus muscular normal. Tônus não é o mesmo que força muscular, mas permite que mantenhamos o corpo em posição ereta e mantenhamos posições diversas. O sistema vestibular é especialmente importante em ajudar as crianças a manter a cabeça ereta. Muitas crianças com problemas vestibulares debruçam-se sobre a carteira, apoiam a cabeça nas mãos e parecem ter menos energia.
Equilíbrio também é muito influenciado pelo sistema vestibular. Além disso, a habilidade de coordenar os dois lados do corpo em conjunto, como para andar de bicicleta ou cortar com tesoura também depende de boa função vestibular. Finalmente, alguns aspectos da linguagem parecem intimamente relacionados com o modo pelo qual o sistema vestibular processa informação.
Considerando todas essas funções básicas e importantes , não é difícil perceber como um problema vestibular pode criar um problema real que entretanto é invisível.
O QUE VOCÊ PODE FAZER PARA AJUDAR
1. Experiências de movimento são muito importantes para a criança em desenvolvimento. Assegure-se de reservar tempo para atividades como balançar, escorregar,rede,cama elástica,etc.
2- Incentive atividades em que a criança deita de barriga para baixo e mantém a cabeça. Tente brincar com “Legos” nessa posição, ou fazer com que jogue objetos em um alvo enquanto deitado de barriga para baixo.
3- Incentive atividades bilaterais tais como pular corda, nadar, remar,etc.
Não force uma criança a balançar se isso causa medo. Deixe a criança iniciar a brincadeira.
Insegurança gravitacional define-se como um medo desproporcional ao tamanho do desafio. Todos nós temos medos, em diferente gráu de intensidade, de certos brinquedos, movimentos, etc. Quando esse medo interfere com a nossa habilidade funcional no dia a dia, poderíamos dizer que existe um problema de insegurança gravitacional. Assim, crianças que consistentemente escolhem brincadeiras sedentárias, que preferem não ir ao parquinho ou quando vão, escolhem o tanque de areia, permanecem à margem de brincadeiras de movimentos, começamos a suspeitar de um problema de insegurança gravitacional. Algumas vezes as crianças conseguem e gostam de atividades de movimento mas têm de se sentir completamente em controle antes de conseguir executá-las. Qualquer movimento inesperado ou intervenção de outra pessoa a assusta e faz desistir ou entrar em pânico.
Nossa habilidade de nos relacionar com a gravidade e relacionar nossos corpos ao espaço ao nosso redor é muito básica. Este sentido, que vem do sistema vestibular, é verdadeiramente o aspecto mais fundamental de desenvolver um senso de segurança.
Como bebês, começamos a desenvolver um sentimento de confiança conforme nos movemos pelo espaço e nosso sistema nervoso dá informações exatas sobre em que direção estamos indo, com que velocidade e de que modo estamos orientados no espaço. Assim, desde que a mãe pega o bebê do berço e o embala ou dança com ele o sistema vestibular está sendo ativado e sendo preparado para tarefas mais complexas de movimento e para orientação espacial no futuro.
Crianças que não percebem gravidade da forma usual geralmente têm muito medo de movimento, altura e/ou mudança de posição da cabeça. Este tipo de problema é frequentemente chamado de “insegurança gravitacional”. Para alguns indivíduos entretanto, a menor mudança na posição ou altura cria um sentimento extremo de desorientação, medo e ansiedade. É muito difícil para quem não tem essa reação imaginar o que deve ser experimentá-las. Se você não pode confiar em seu corpo para se mover pelo espaço, é difícil confiar em alguém ou alguma coisa. É interessante observar que existe um fator muito forte de se sentir em controle do movimento nestas sensações de insegurança gravitacional. É frequente ver tais crianças subindo em mesas ou se colocando em situações de perigo real; entretanto, o sistema nervoso delas naquele momento não registra alarme porque a criança está se sentindo em controle da situação. Basta porém que aconteça um movimento inesperado para que essa criança entre em pânico.
Como é tão difícil entender esse problema, frequentemente pode parecer que alguém que tem insegurança gravitacional tem um problema de comportamento ou psicológico. Embora seja certamente fácil imaginar como se poderia desenvolver problemas psicológicos ou comportamentais a partir de uma insegurança gravitacional, a base do distúrbio é obviamente neurológica.
A maioria das crianças passa por períodos em que reagem com um pouco de medo a alguns tipos de movimento ou altura. Há muitas diferenças indivíduais no modo pelo qual as pessoas reagem a altura ou movimento rápido. Entretanto, quando o medo começa a interferir na habilidade de participar em atividades, pode existir um problema. Alguns dos sinais que são considerados sugestivos de insegurança gravitacional incluem:
• Desconforto ou choro ao ser tirado do berço, movido de um lugar para o outro , no caso de bebê
• Ansiedade quando os pés saem do chão, por ex. ao sentar em um balanço ou rede
• Medo não natural de altura ou cair
• Intolerância a ficar de cabeça para baixo
• Medo ou insegurança em superfícies instáveis ou escadas
• Medo de ser virada de costas
Um outro problema relacionado é chamado de “intolerância a movimento”. A característica principal deste problema é uma reação extrema a movimento que geralmente é manifestada por sinais fisiológicos tais como náusea e enjoo. Indivíduos com esse problema tendem a enjoar em carro ou em barcos. A principal diferença é que as reações apresentadas são de caráter fisiológico , não apenas de medo.
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Qual a relação do TO com sistema vestibular? Como funciona o trabalho?
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